domingo, 6 de janeiro de 2008

O Soldado Ébrio

não sei por que mais arame rastejar:
se estas farpas: deste arame: têm
este sabor tão antigo: uma memória
talvez. com que me rasgas o corpo:
gato de nove caudas: estalando uma
e outra vez.

não sei que mais álcool beber: se
este copo: tão cheio: sem fundo: me
embriagou até: não conhecer: o nome:
de quem sou: ou o que é. é um sabor
tão antigo: como o nosso amanhecer
de tempestade.

não sei por que rua seguir: se esta
rua: onde os candeeiros se dobram:
fugindo: de mim: é a mesma por onde
fui: ontem: e outro dia: mas não
daquela vez. talvez chegando a casa:
talvez.

1 comentário:

Anónimo disse...

mais uma vez jazzy:
a tua poesia é muito bela!
cassamia