terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Memória

sê meiga, meu amor. sê meiga.
sê branda na memória de ti que
me visita no cair desta noite.
menos perfume, meu amor. menos perfume.
e menos brilho no teu olhar para que
esta memória não viaje
para um sonho de saudade abstracta.
menos tu, meu amor. menos tu.
sê menos os teus cabelos e
menos ainda as tuas roupas e
esse teu sorriso e o teu andar
como de quem baila. sê menos
memória em mim.
liberta-me, meu amor. liberta-me.
deixa-me ser o pássaro ao qual abrem a gaiola
e não sabe para onde ir porque as asas
esqueceram como se afaga o céu.
sê adeus, meu amor. sê perdão.


Igor Lebreaud

5 comentários:

nonsense disse...

terrivelmente belo.
a memória...
a saudade...
o adeus...
a tua poesia.

Anónimo disse...

este teu poema deixou-me Triste.. e nós, os humanos só somos Tristes ou Alegres, perante o Belo.

cassamia

Anónimo disse...

ofereço-te:

http://br.youtube.com/watch?v=_kdXxIsPPWs

cassamia

Anónimo disse...

CON TODA A PALABRA:

http://br.youtube.com/watch?v=uGNk_zHy4Mg

também para ti,ainda...

cassamia

... é que fiquei mesmo Triste!

Anónimo disse...

o tempo passa!!! e a memória?! ficou? o adeus não...a saudade! esta palavra nao devia existir...o poema é belo!