segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Nos teus braços

fui eu quem Trouxe o sangue a esta casa
Mas abandono agora Os traços oblíquos do meu caminho
e não
desejo mais senão o doce veneno do teu leito
que se torna chuva sobre o meu corpo nu
e atingir na nossa paz o imaculado perdão
(a culpa são fendas nos teus braços).
fui eu quem Partiu num dia distante
(ainda o meu nascer era sonho vago na criação do mundo)
e hoje já velho explico-te O Destino,
porque os velhos não querem crer
que todos os passos
que deram
são culpa sua
(e a culpa ainda te rasga os braços).
fui eu quem Desceu aos Infernos procurando
uma alma vadia que
há muito partira para outros Reinos
e é este homem cansado que agora chega
para se deitar no teu leito de chuva
pedindo Dá-me hoje um novo nome e
lava para sempre os meus pecados
(lentamente a culpa sara nos teus braços).

1 comentário:

Anónimo disse...

prenderam-me os teus parênteses...
cassamia